27 de abr. de 2021

HORA DE LER UM LIVRO DE VAMPIROS

 

 

Por Adriano Siqueira

 

            O segurança da Biblioteca estava segurando uma lanterna e andava pelos corredores verificando as salas quando viu uma mulher procurando livros na estante. Ele cuidadosamente alertou:

            — Senhorita! A biblioteca já fechou. Você não deveria estar aqui nesta escuridão. Por favor você deve se retirar.

            A mulher continuava olhando os livros na estante e ignorou o aviso do segurança. Ele se aproximou mais e novamente tornou a alertar.

            — Você não ouviu o que eu disse? Já estamos fechados. Você não pode permanecer aqui. Por favor saia ou chamo a polícia.

            Ela olhou para o segurança e com alguns livros na mão disse calmamente:

            — Eu só estou escolhendo alguns livros para ler. Nada de mais. Continue o seu trabalho. Logo vou partir.

            — Você não pode levar nada daqui a esta hora. Deixe os livros aonde estão e saia agora mesmo.

            — Sinto muito, mas eu quero levar estes livros. Depois eu devolvo. Prometo.

            — Olha. Eu não posso deixar você fazer isso. Os livros aqui devem ter uma autorização para sair deste local. Sua promessa não é o suficiente. Por que não vem mais cedo e assim você pode pegar o seus livros.

            — Mas eu só posso visitar a biblioteca de dia. Eu só quero ler. Por que vocês humanos são tão egoístas e não deixam a biblioteca aberta 24 hs? Acham que só os humanos podem visitar as bibliotecas? Nós também temos o direito de entrar nos locais públicos. Vocês é que deveriam abrir as portas para todos. São raras as bibliotecas que abrem à noite. Eu vou levar estes livros. E minguem vai me impedir.

            A mulher levanta o segurança com apenas uma mão e o joga para longe.

            — Vocês humanos tem muito o que aprender. Nós sempre conseguimos o que queremos. Somos eternos.

            — Como pode ter tanta força? Q-quem é você?

            — Eu só digo meu nome para quem vai morrer.

            — Você é louca. Eu vou perdir ajuda.

            A mulher corre até o segurança e o levanta. coloca a mão no seu pescoço, se aproxima e concluí.

            — Você já tomou muito o meu tempo. Isso me deixou com fome.

            — O que está fazendo? Seus dentes... Não se aproxime.

            — Queria saber o meu nome... Eu sou Ramanga. E você é meu jantar.

            — Nãooo! Argh!

            A vampira pega seus livros e saí calmamente da biblioteca.

 

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