17 de mar. de 2022

SANGUE E VINHO TINTO: A HQ DOS ZUMBIS CAIPIRAS

 


Para fazer download da HQ em alta resolução clique AQUI.


 
Enquanto o livro A Noite dos Zumbis Caipiras estava sendo desenvolvido, o autor André Bozzetto Jr e o ilustrador Christiano Carstensen Neto decidiram se aventurar em outras mídias, mais especificamente no fascinante universo das histórias em quadrinhos, e desenvolveram uma sangrenta versão em preto e branco para a cena inicial do livro, incluída em seu prólogo.
 
A HQ intitulada “Sangue e Vinho Tinto” foi publicada em julho de 2021 na edição de número 72 da clássica Calafrio, uma das mais conceituadas revistas de terror brasileiras de todos os tempos, atualmente sendo editada pela Ink&Blood Comics*. 
 
 A Noite dos Zumbis Caipiras está chegando. Seguem abaixo a capa, contracapa com sinopse e algumas informações gerais.
 

  

A Noite dos Zumbis Caipiras 
Autor: André Bozzetto Jr
Ilustração de capa: Vinícius da Silva (Vinz)
Ilustração de contracapa: Christiano Carstensen Neto
Ilustrações internas: Christiano Carstensen Neto
152 páginas (formato pocket)
Ano: 2022
Uma publicação do selo Relatos Noturnos
Recomendado para maiores de 16 anos. Contém linguagem obscena, conteúdo sexual, consumo de drogas e violência extrema.
 
 
 
* Para adquirir edições da Calafrio e também de outras cultuadas revistas como Mestres do Terror e Terror Negro, é possível entrar em contato diretamente com o editor através do e-mail: revistacalafrio@gmail.com  

15 de mar. de 2022

AKAI

 

Por Renato Rosatti
 
 
“Akai” é um curta-metragem de vampirismo de 21 minutos, dirigido, escrito e produzido por Carlos G. Gananian, que tem em seu currículo outros trabalhos igualmente ótimos como “Behemoth” (2003, 6 minutos) e “Coagula” (2005, 3 minutos).
 
Foi lançado em DVD numa edição caprichada com belíssimas ilustrações na capa e contra capa reproduzindo cenas do filme, enfatizando o vermelho do sangue, e que traz o seguinte texto de divulgação: “Sangue tinge os corredores de uma casa. Um homem sofre de estranhas alucinações. Sozinho e debilitado, suas memória são imagens fragmentadas de um passado recorrente. A dor da culpa e o remorso assombram sua existência cada vez mais distorcida. A sede é quase insuportável. No mar encontra-se a redenção.”
 
O filme praticamente não tem falas, com uma narrativa lenta e atmosférica, se sustentando em imagens sombrias de uma casa sinistra e nas expressões faciais que representam o sofrimento de um vampiro (interpretado pelo ator Gustavo Arantes), em constante conflito interno entre a necessidade de se alimentar de sangue humano e o tormento pela culpa de sua existência. Os destaques são todas as cenas onde o vampiro seduz e ataca suas vítimas (todas interpretadas por Roberta Youssef), acompanhantes e garotas de programa recrutadas em anúncios de jornal, sempre de forma discreta, sem alardes ou ações exageradas, num exercício de horror sutil e poético. A produção também é caprichada, num ótimo trabalho de sonoplastia, iluminação e edição.
 
Já fomos presenteados com um ritual demoníaco (“Behemoth”), as ações de um psicopata mascarado (“Coagula”), e o tormento de um vampiro (“Akai”). Vale a pena ficar atento aos projetos do cineasta independente Carlos G. Gananian.
 
 
* Texto publicado originalmente no blog Juvenatrix em 27/09/10.

 

3 de mar. de 2022

A PENSÃO DO HORROR

 

 

Por Adriano Siqueira

 

            Adilson Sales estava na porta da pensão e chamou o dono, Ulisses. Assim que pagou a estadia, recebeu a chave do seu quarto, era número 46. Quando ia para o quarto, ele viu o dono dar dinheiro para algumas pessoas que trabalhavam pra ele, cortavam a lenha pra abastecer a fornalha pois não usavam eletricidade no chuveiro. 

            Adilson foi para o quarto e adormeceu. Ás duas da manhã ele escutou homens batendo forte na porta do seu vizinho. Gritos de desespero e tiros eram ouvidos. Adilson se escondeu debaixo da cama e ligou para o Ulisses e ele escutou o celular no quarto do vizinho tocando. O dono do local estava lá e bateu na porta do Adilson dizendo que estava enfrentando um cachorro louco e não era para ele sair. O Dono mandou os homens embrulharem e jogar na lareira. 

            Ulisses deu três pílulas para Adilson tomar dizendo que era para dormir. Adilson tomou e ele viu um rabo de peixe do tamanho de um metro passando por trás do Ulisses. Antes de questionar, o Dono trancou a porta dizendo que era para protegê-lo. 

            Adilson acordou de manhã. Ele gritou para alguém abrir a porta mas ninguém respondeu. Foi até a janela e desceu pelo telhado e pulou uma distância de dois metros até o chão. Muitos homens estavam mortos e alguns eram aberrações. Homens e animais misturados. 

            Ulisses apareceu no corredor e agarrou o Adilson. Seus braços eram de um polvo. Um homem lobo atacou o Ulisses e isso fez o Adilson se soltar. A luta foi feroz. Dois homens com rostos de cachorros começaram a morder o seu braço. Ele pegou uma pá e bateu até largarem o Adilson que correu para o ultimo andar. Ele encontrou um homem deitado e coberto. Disse que era um soldado e que esse lugar era do governo, que faziam testes com humanos que ele estava preso lá. Dizia para não tomar as pílulas. Elas transformavam humanos em monstros. Adilson disse que já era tarde, que já havia ingerido as pílulas.

            Ele queria ajudar o soldado a sair de lá mas quando tirou o cobertor ele viu que era meio homem e meio serpente. O homem serpente disse que a pensão tinha explosivo em todos os quartos mas o detonador estava com o Ulisses. Ele precisava achar e explodir tudo ou esses  monstros destruiriam a terra. 

            Adilson correu para achar o Ulisses mas só encontrou pedaços dele pelo caminho. O homem lobo agarrou o Adilson e aos poucos ele começou a se transformar. Pensou que agora seria um leão ou um grande gorila, mas apareceu um bico de cegonha em seu rosto. Adilson gritava de dor. O Sangue tomou conta do chão e ele caiu tonto. Viu o detonador no cinto do homem lobo quando este virou a sua cabeça para o lado. Adilson usou seu bico e foi diretamente no botão de ignição do detonador e toda a pensão começou a explodir. Nada restou.

 

Arte: Adriano Siqueira
Edição de Imagem: André Bozzetto Jr